Sexta-feira, 17 de Novembro de 2006
Bem .. uma pequena introdução .. como efectivamente ( eu gosto de usar estas palavras caras porque me fazem parecer mais esperto ) eu estou em Literatura com os meu colegas do 11º 12 ,ou quase 11ª 12 , tenho ocupado bastante do meu tempo a escrever poesia e prosa ... a prosa ainda está a ser organizada, a poesia, se é que se pode chamar de tal, pois na verdade são simples versos combinados pelos seus sons poéticos (mais uma vez , o uso de palavras caras para me fazer parecer intelectual ), essa ainda se encontra em fase de desenvolvimento.
Sobre o poema, este provém de todo um sentimento que sinto desde a infância. Um sentimento sobre o qual escrevi por exemplo, no Vida de Duche , ou Duche , ou lá em que nome pus o texto, visto estar sempre a mudar o nome, o formato e o conteúdo dos meus textos. Mas, como ia dizendo antes das minhas divagações interromperem a minha linha de pensamento, a vida é um baralho de cartas, nós temos de saber jogar as cartas ... ou pelo menos trazer um deck extra debaixo da manga.
Solitário
Esta vida é um baralho de cartas,
O assobio de uma melodia rústica
Composta apenas por notas baratas.
Inspira e relaxa, aprende a ter calma.
Quando te aperceberes da música,
Seremos personagens do Jorge Palma.
As nossas noites são tão escuras
E os nossos dias mais ainda
Mas não deviam ser torturas.
Ela queimou-te os teus poemas
Quando soube da tua vinda,
A vida prega destes esquemas.
Por isso expira e desabafa comigo,
Neste jogo sem reis ou rainhas
Elaborado só para ti, meu amigo:
Curiosamente desorganizado,
Onde nada é escrito por linhas.
Maravilhosamente arquitectado.
A frustração é uma coisa terrível
Para quem já sonhou ser especial,
Na rima de um poema já previsível
Para quem já quis mais que viver,
E mais que tudo é inconstitucional
A maneira como te deixas vencer.
Nada penetra nesta excelência
Onde não existem bons ou maus.
Neste jogo, não há ausência
Nem desforra sem paixão,
Numa ordem feita de caos
Onde tudo e nada se encaixam.
David "Mania de Intelectualidade" João - Clichés
música: Estrela do Mar - Jorge Palma