"Alcança quem não cansa"
Aquilino Ribeiro: Meio milhar de pessoas assistiu à cerimónia de trasladação no Panteão Nacional
Lisboa, 19 Set (Lusa) - Cerca de 500 pessoas assistiram hoje à trasladação dos restos mortais do escritor Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional, em Lisboa, numa cerimónia pautada por discursos elogiosos à sua vida e obra.
"Aquilino fez da escrita um espelho do mundo e uma arma de intervenção. Foi (e é) exemplo de fidelidade à terra, de fidelidade à Língua Portuguesa, de fidelidade à República e à liberdade", disse António Valdemar, membro da classe de Letras da Academia das Ciências, no elogio fúnebre.
(...)No início da cerimónia, com a urna coberta com a bandeira nacional, colocada no centro do Panteão e ladeada com uma guarda de honra da GNR, ouviu-se o hino nacional e uma leitura de excertos de "O Malhadinhas", pelo actor Ruy de Carvalho, que provocou sorrisos na audiência.
Classificando-o como "um dos grandes prosadores da literatura portuguesa do século XX", o Presidente da República destacou a riqueza do universo de Aquilino Ribeiro, "povoado de tipos que todos conhecemos" e no qual "continuamos a encontrar o homem português a cada página".
"Ler Aquilino é ler um certo Portugal, mas é também ler o mundo", resumiu, manifestando a sua admiração por uma obra literária que espera que "continue a ser lida e acarinhada pelas gerações futuras do nosso país".
ANC.
Lusa/Fim, in JN Digital, 19 de Setembro de 2007
a prof
. Homenagem a Aquilino Ribe...