Ou Doutro Modo Conhecido Como, Eu Perdi O Meu Ego
Como dito acima, és necessário o da
Dá o que da se pertence o que não é roubo
(Hoje pairas coelhos e cordeiros lobo)
Se não pares de partições de povos.
Pares os teus pares nos ares de Soares
Soares era Barnardo, era Barnabé
(Digo era porque já foi, já não o é)
Ou talvez ainda é e não foi ou serei
Tentarei dormir não tão pouco
Pois os teus ouvidos me fazem louco
E os meus pés de mim me fazem mouco
(Digam-me mais uma outro)
O ouro que roubas do Doiro
É oiro que no douro encontra a cor
Parece-me tão pálido e sofredor
Agora víbora à luz da hora
Que se sente dentro do que está fora
Porquê questionar as questões
Dos que não se enganam pelas ilusões
Que se escondem na penumbra plúmbea
Da realidade soturna e ruptura oolítica
Feliz pescada é de certo, pescar peixe
Em calda, flutuando fruta no rio doce
Fresco o que não está morto, suponho
Que o que está não o era e já foi, sonho
A semântica quebrada não é estagnada
Desde que a Luzia romântica se ofereça
Talvez por meios menos desprendidos
Dos despejos de esposos sem pejos
Ou espólios de desejos que se vejo
Num freixo frouxo e lasso de cansaço
Num braço esticado e retournicado de sasso
Mas asso que tal cansasso se zerá dado
Se fosse capaz de resultar o que me é dito
A se calhar tu respondo o que eu não ouves
(Alguém sei se retournicado não será um outro retornar
Para não dizer o fornico do que não quer conjugar)
Por cavalo com destes dentes por mostrar
Debaixo da gengiva nada, se não ar
Por cima da gengiva, pele e pêlo
Seja por ela ou por elo (fosse cavalo ou camelo)
Cremado gato o comeu sapato meu
Duas toupeiras de barriga cheia sofreu
O que uma indigesta onomatopeia recebeu
Caso raro é abuso do uso do que se perdeu.
Bernardo Cão
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