Chego. Sento-me na cama, ligo a televisão mas não a oiço (devo gostar de gastar electricidade em vão). Oiço música para não conseguir ouvir os meus pensamentos. Não vale a pena, o canto pensado é mais alto.
Reflicto. Assumo que não tenho nada a perder, percebo que não quero dar passos em falso, não mais do que já dei, por isso temo. É tudo demasiado formal para não temer quebrar a barreira invisível e impenetrável, tão tensa como aquelas redes eléctricas que dão choques consideráveis. Ajo e anseio. Preciso de alguma alienação de quando em quando.
Desconheço o que ficou percebido ou não. Assumo que não sou uma pessoa fácil de perceber (em todos estes anos de vida nunca consegui tal proeza), mas sei que sou tolerante, quando tenho de ser e as vezes quando não tenho. Tolerante comigo desde que nasci. Como não haveria de ser com tudo o resto, em toda a parte?!
Organizo pensamentos. Imagens que flutuam na minha mente, reminiscências, teorias de que não tenho certeza nenhuma… organizo-as como um puzzle de quatro peças apenas, mas que não encaixam em lado nenhum.
O certo é que se deve viver para fora. Toda a gente deveria saber isso (uma utopia, mais ainda na prática). Mas ás vezes não é fácil lidar com a exposição individual e sagrada. Não é mesmo! Muita vulnerabilidade envolvida. É como sair de casa de manhã e depararmo-nos com uma multidão. Quem pode censurar o – voltar para casa e esperar que a multidão passe -que atire a primeira pedra. Eu, nem pedras tenho, quanto mais moral!
Silvie
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