Sobre a Beleza
Há quem diga que é fútil ligar às aparências. Eu gosto de beleza, gosto de ver coisas belas e gosto de praticar a beleza, ou seja, tentar ser o mais belo possível (notem, a diferença entre beleza e atracção). Duvido que gostar de coisas belas ou tentar ser belo, não para os outros mas sim para mim, seja uma futilidade. Ou melhor, é uma futilidade, mas assim o são todas as outras artes. Nenhuma arte é prática e nenhuma nos ensina algo de prático na vida do dia normal (se bem que pudemos fazer do nosso dia-a- -dia a arte). As artes são apenas caprichos do ser humano que se tenta elevar a um sentido para além do natural: A arte é a busca da ambrósia e do conhecimento e a beleza é a face do divino na Terra, tal como a música é a voz do divino. E tudo o que é tentativa vã do Homem de se elevar para além da sua prisão (e liberdade) carnal é efémero e fútil. Tal como a beleza se esvai, os poemas s’enlevam na passagem do tempo para desaparecer na memória dos povos, o pintor desenvolve artrose e artrite (se bem que desconfio serem a mesma e única condição) e o músico pura e simplesmente ensurdece.
Assim eu sou amante da beleza e não o tenho medo de admitir. Há pouco tempo para a apreciar e como tal confesso-o logo e em breve, quando me for a beleza e o sopro, cumprirei a minha pena. Sofro do pecado da futilidade, mas também não o sofre a Vida?
Jean-Bernard Chien
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