Hoje faço anos ou então não. Pensando melhor, acho que o meu aniversário é amanhã!
Chamo-me Pedro, mas não entendo porque é que me chamam Jorge. Talvez porque soa melhor ou porque realmente me chamo Jorge e Pedro é simplesmente o nome que eu gostaria de ter. Sei lá! Existem tantas coisas que eu gostaria de ter! Como, por exemplo, não me importava de ter uma enorme casa com sessenta e três quartos, doze casas de banho, sete salas de estar, cinco cozinhas e um jardim de dois milhões, novecentos e noventa e nove mil, trezentos e oitenta e nove quilómetros quadrados, com nove piscinas e oito campos desportivos.
De qualquer das maneiras acho que, por agora, contento-me com um gelado com sabor a natas e com uma caneca de leite com chocolate quente, já que está um calor do caraças e eu estou com frio!
Estive a contar e verifiquei que, no parágrafo anterior, utilizei o vocábulo “com” quatro vezes numa mesma oração. Notei que a palavra causou um efeito bastante repetitivo na frase, tal e qual como os meus dias, repetitivos.
A verdade é que eu passo os meus dias sempre da mesma forma: levanto-me e vou para escola. Depois das aulas, tenho treinos de futebol. Chego a casa, tomo banho, janto e vou para a cama. T.P.C.? Nunca faço! Sou demasiado inteligente para eles! Nem sequer oferecem quaisquer dificuldades, são somente desafios para pessoas burras. De vez em quando lá recebo uma carta da Horácia (que, por acaso, não possui qualquer existência neste mundo, pelo menos, no meu não! É mais um pormenor que achei engraçado acrescentar neste meu diário).
É verdade! Há uns minutos atrás, consultei o dicionário e vi que “com” é uma preposição que “indica várias relações, como: companhia, instrumento, ligação (…)”
Por falar em companhia, eu bem que preciso duma e, de preferência, boa! Se calhar uma namorada… é melhor não, dá muito trabalho!
Preciso de algo diferente, único, emocionante. Preciso de um “sundae natura” e de umas batatas fritas! Ninguém percebe porque é que eu combino estes dois “ingredientes”. Passo a explicar: esta combinação é diferente, única e emocionante porque é raro alguém lembrar-se de comer “sundae” com batatas fritas! É um “fenómeno”!
Meu Deus, já chega de disparates! Apesar de gostar de “sundae” com batatas fritas, não será isso que vai animar esta minha vida secante!
Bem, já me fartei de escrever! Vou reler as minhas palavras…
Imagino que quem ler esta primeira página do meu “querido diário” vá achar totalmente ridículo e patético o que escrevi! Eu também o acho! Doido é quem não achar! Mas, mesmo assim, é suposto isto ser um diário, logo, ninguém o vai ler. Certo? Errado! Alguém já o está a fazer…
Mas eu avisei! O título é mais que um aviso! Este é um diário de alguém que não tem mais nada que fazer… como eu!
Assinado: Pedro… desculpa, Jorge.
P.S.: encaro o que escrevi como uma sessão de terapia porque me encontrava confuso e, depois de ter escrito essas maluquices todas, sinto-me melhor. Não sei porquê, provavelmente é o poder da escrita…
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