Domingo, 12 de Agosto de 2007
Conquista
Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Miguel Torga
...e venham cá convencer-me do contrário!!!!!
AC
música: Imagine
De Daniela Freitas a 12 de Agosto de 2007 às 23:30
Não gosto muito de Miguel Torga, mas este poema é interessante... Quando li pela primeira vez o poema, não entendi os quatro últimos versos, mas depois de reler acho que já fazem mais sentido... Essa é a tarefa mais difícil de um poema: saber interpretá-lo! Mas acho que cada um tem de tentar interpretar da sua maneira... A Liberdade é um tema discutível e que pode ser abordado de diferentes maneiras, mas o mais importante é saber quais são os seus limites... Agora lembrei-me de Sartre... Normalmente quando se fala em Liberdade, eu associo essa palavra a Sartre... Afinal, as aulas de filosofia sempre servem para alguma coisa =)
Hei-de pôr também no blog poemas da Florbela Espanca, António Gedeão e Alberto Caeiro, os meus 3 poetas preferidos =)
bjs
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