Vandalismo virtual pode assumir várias formas, disse-me a primeira pessoa do tempo verbal que emprego no presente. Verdade, aquiesci supreendido eu sob a impressão que fiquei do comentário do meu interlocutor e respondi-lhe então - como posso então certificar e validar-me aos meus ases? Nada mais fácil, retornou, apenas valida o teu pensamento e a tua pessoa. Digo eu, Sob que ponto e para que propósito? E aqui apercebi-me o erro da minha ignorância - aqui dei ao mundo a melhor dávida à qual abri mão - o ponto de explicação.
Cento e um cinquenta e um quinze.
I dreamt tonight the Dream Empire
Wherein the sun never rests
And my heart feeds of a fire
Where shadows dare not set.
Stay forever upon waking hours,
A Shangri-La of unwordly powers
WIth no urgent need to keep track
This the time that won't go back.
Of the visions these lines speak
Some have tried to understand
But everywhere one might seek
Seldom won't be missing Man.
João
Predictions and mistery, in dreams
are maybe the fog ahead,
before a glimpse to
the Cape of Future,
that won't give a clue
for the Cure, abouyt us or what to do.
Torment and sweat,
invasion of mind
into desire,
the gold of our souls.
Excitement, richness, sex,
Freedom and fullfilment,
they rule each Dream Empire.
If I ever find the key of Misteries
I'll lose and lose
a game, so hard to follow:
empty of strategies,
only status
and strongest dreams.
Though, dreams are hollow.
Gonçalo Doodibodoo
Quando morreres
Chorarei por ti?
Quando deixares este mundo
Irei atrás de ti?
Se um dia ficares mudo
Falarei por ti?
Se uma manhã me esqueceres
Lembrar-me-ei de ti?
No dia em que não sentir a tua mão
Como ausência do que ainda és
Sentirei falta da tua presença em mim
Ou prosseguirei sem inquietação?
Por cada palavra de fúria
Peço já perdão
Por cada palavra de desprezo
Dou-te o dobro em atenção
Por cada esquecimento que há-de vir
Construo uma memória que há-de persistir
Por cada dor que te causar
Descrubo como te proferir
A palavra amar.
A distância que nos separará
[Inevitavelmente]
Quero guardá-la no silêncio recôndito
[Da minha alma],
Enquanto cá estiveres
Quero aprender a reconhecer-te
Como essência duma vida
[Que significa].
Hoje dedicas-me o teu tempo
Porém somente amanhã saberei apreciá-lo,
Pois a vida é severa com as suas manias
E temos de servi-la
Como escravos servem a sua rainha.
“Alteza, chegou a sua hora...”
E no fim todo o povo chora.
Jean Mathieu Cardoso //
Koala
Detective Koala
Porque tenho uma bolsa
Mar-su-pial.
Koala
Detective Koala
Porque às vezes durmo
U-ma-sesta.
Koala
Detective Koala
Senão quem prende
A-gi-rafa?
Olarilolé!
Sinto-me a fraquejar. As promessas que fiz a mim própria começam a perder a sua força. Agora que olho para trás e relembro as vezes em que me prometi que não ia falhar, o tempo que gastei em implementar ideais e valores na minha mente e no meu coração... Valeu a pena? Sinto que estou a trair-me a mim própria porque cada dia que passa, cada observação que faço, cada pensamento que tenho, apercebo-me que o tempo tudo debilita e apaga. Por mais vontade que tenha, não consigo travar a inevitabilidade do destino que molda e transforma o que me rodeia e o que eu sou. Perco controlo daquilo que quero controlar. Não sou capaz de me impôr e de defender o que antes me fiz jurar defender. Porquê? Porque é que o tempo deixa a sua marca e traz consigo o vazio de não acreditar em mais nada? Confronto-me com o que no passado garanti que ia manter firme e infinito no futuro. Mas encontro-me no presente e o poder, a perserverança, a teimosia, a insistência, o desejo louco de perpetuar os meus sonhos atrevem-se a desaparecer. Pouco a pouco, a obstinação deixa de ter o impacto que tem quando se principia uma promessa e o desalento toma lugar. Sim, desalento talvez seja a palavra certa.
Porém, no instante a seguir, revejo tudo o que me trouxe até onde estou agora. Tudo aquilo que perdi por ainda não ter tido consciência do mundo, aquilo que aprendi quando ganhei a consciência através do mundo. A diferença é inexplicável. Ao abrir os olhos, vi as realidades que compõem a vida e pus-me a observar e a ouvir o que as pessoas e as coisas me querem ou podem transmitir. De um pouco daqui e de um outro pouco dali, fui recolhendo peças e pequenos pedaços de tempo e espaço e a partir deles, fui construindo os meus sonhos. Ao conhecer os desejos e pensamentos dos outros, fui formulando os meus próprios. Do que compreendi e do que nunca irei entender, fui escolhendo o que me agrada e rejeitando o que me repugna. Sei o que quero ser, o que não quero ser e não sei o que serei.
O futuro sempre assusta pela sua imprevisibilidade. A imprevisibilidade de um amanhã que não virá, um antes que se antecipa, um adeus que parte, um sorriso que morre, um mal que nasce. Uma felicidade que ressuscita. Por haver tantas e infinitas hipóteses que nos estão reservadas, acreditar e lutar por uma causa, mesmo que perdida, por uma certeza, mesmo que errada, por uma utopia, mesmo que quimérica, faz-me amar o que o tempo me quer negar.
Provarei ao mundo, ao destino, ao tempo e ao universo e, sobretudo a mim, que o quero terei, o que anseio serei, o que preciso poderei, o que respeito abraçarei, o que renego compreenderei, ao que desprezo adaptar-me-ei.
O que sonho manterei.
D-Furikuri *
Ainda que volátil
Se materialize esta,
A cara que nos seduz,
Seguimos nosso caminho
De Luz.
Volátil, mas não Presente
Se atravessa o Destino
Deitando as cartas,
Jogando com a mente
Dos que, despindo
O Sono, conscientes
Não mais sentem
A leveza,
A insanidade
De dias atrasados
De lutas ultrapassadas.
Ainda que, porém
Volátil, amanheça,
Aqueça e trespasse
Gigante e subtil,
O resto dos dias
Em que aprenderemos,
Vivendo, não brincando,
Contudo, sempre jogando
A malvadez desafiante,
A face invertida,
Divina porque anormal,
Do cortante trilho
De que a Vida,
Fez filho.
Do calor da
Eternidade se molda,
Se bate, cresce.
De tamanhos, feitios
Fálicos, penetrantes, se conhece
Salteador da Fé
De nossas orações,
Maior e aguçado,
Seu baralho de situações
Se organiza, inesperado.
E ergue-se, Azulíneo,
Aço cortante, guerreiro,
Ainda que volátil, temerário.
Inevitável o é,
Porque o esperamos,
Espectantes e mal
Agradecidos pela Aparição
Tão rude, nada
Favorável, do fenómeno
Criado pela Existência,
Do Mundo, mais admirável.
Um sonho basta
Pois o tempo não passa
E as resoluções
Que procuras, sentado
No teu trono,
Amigo, te descuras
Que nenhum pensamento
Ou palavra
É precioso, agora
Que já invocaste,
E podes largar
Tanto o peso
Como o vagar,
O Destino que te vai roubar
Tudo o que teimaste em desperdiçar.
Porque veio,
A pedido,
Dá-lhe abrigo. _ _ 17-08-09''15:30
Saudoso
Gonçalo
Chamas que se extinguem
chamas, somos, consumindo
-as nossas oportunidades sabendo-,
Dentro do nosso ambiente, nossa sala,
O oxigénio que alimenta, continuamente
A nossa acção.
saudoso,
Gonçalo
Porquê? Essa falta de consciência. Porquê?
Porquê? Essa maldade inata. Porquê?
Porquê? Esse egoísmo absoluto. Porquê?
Porquê? Essa vaidade eterna. Porquê?
Só um pouco, um pouco pouquinho.
Só um tanto, um tanto ou quanto.
Só algum, nem que seja quase nenhum.
Apenas um pouco de consciência.
Apenas um tanto ou quanto de bondade.
Apenas algum altruísmo.
Custa tanto? Sair de nós e entrar na alma dos outros.
Custa tanto? Reflectir a nossa inocência nos olhos dos outros.
Custa tanto? Ceder por momentos o nosso melhor aos outros.
Só um pouco, um pouco pouquinho.
Só um tanto, um tanto ou quanto.
Só algum, nem que seja quase nenhum.
Para parar com as lágrimas.
Para acabar com as desilusões.
Para terminar com as injustiças e mágoas.
Para pôr fim às frustrações.
Só um pouco, um pouco pouquinho.
Só um tanto, um tanto ou quanto.
Só algum, nem que seja quase nenhum.
É pedir muito?
D-Furikuri *
I’m a son of time!
My mind is not truly mine
And this life is not significant
For I’m not a son of mine…
Mine are those memories before time
Deeply scared in a place hidden beneath the surface of my identity
Of an infancy, of a nursing by a vast southern plain
Of brotherhood with my own self, my poem self and my silent golden music
Images not of this world but of a common universal conscious
Smells and lands and tastes carried by a untraceable wind
The sensual infantile movement of an untrailed path
A naked back, the weariness of the travel home
Smile and smile and sing,
Yes, you who reads, bring me back to life,
Me, the undead, me, the not me, give me life for a moment before you take it from me again!
I am not me for I don’t own me
My identity owns me and that is the truth
My identity is the truth
I do not exist and I am a lie
I am not what I think but what I am thought
And I am thought for one second long
My body is as real as my soul
My body is the soul that my soul does not manage to be
I am body and not soul
I am not a kiss from a pretty girl
I am a rugged carpet, moss growing in a rolling stone,
Yet even my body betrays me,
I am moulded and I am broken
To fabricate me is to destroy me!
Mine is only the Inexistence total
This poem is not mine
I am not what I am
I am all that I am not
And the gods do not own me for they already own me
What can they own of nothingness? Nothing at all!
I search, not a place nor a time but a feeling,
A home, a smell and a vision, I look into myself
I bend over myself and see nothing but another speaking of me
Where is my home? Where is that youth that I never had but owned
In my dreams, I sense it and I am sensitive
Who’s that home?
Sinos tocam no horizonte da minha mente.
São baladas de sonho ou sinfonias do real?
Serão imaginação minha ou a cada dia que passa
Menos noção tenho do que parece banal?
Por vezes sinto-me a enlouquecer
Na claustrofobia do dia-a-dia,
No cuspir de futilidades humanas
Deste poço nojento que Deus cria.
Todas as sombras traçam os mesmos factos
E todos os factos são traçados pelas mesmas sombras...
Quero morrer (malditas realidades),
Maldita humanidade (quero cessar)!
Estou farto, estou desgastado...
Estou insípido, estou cansado...
Estou HUMANO!
Sinos tocam no horizonte da minha mente.
São baladas de sonho ou sinfonias do real?
Ó minha consciência, minha banal e humana consciência
Liberta-te de mim para que eu possa descansar em paz...
César Luís Aca
(A.K.A. Dani-ela)
Muitos jovens "pouco ou nada se interessam em saber mais sobre o que a Literatura lhes pode transmitir. Independentemente do curso, lêem as obras que têm de ler porque assim o são obrigados, não sentem gosto quando o fazem, não tiram proveito daquilo que podem aprender ao ler um livro.
O desinteresse resulta dos preconceitos criados à volta dos livros, ou melhor, do acto de ler. Entrámos na era em que tudo é igual, em que imitamos o que o outro faz não porque tem sentido ou valor, mas sim porque temos de o fazer. Queremos-nos destacar tão desesperadamente ao tentarmos ser diferentes que acabamos por ser iguais. Em busca da distinção, da importância e da reputação que nos escapam, caímos todos no mesmo buraco, com o mesmo destino. O mesmo se aplica à leitura. Fizeram dela algo tão “desinteressante”, tão pouco importante nos dias de hoje que, às vezes, até acreditamos nessa mentira. Perdeu-se o costume de ler. Porque os que nos rodeiam não lêem, também não o vamos fazer – uma perda de tempo... A Era do Porque-O-Outro-Tem-Eu-Também-Tenho-De-Ter. A Era do Porque-O-Outro-Faz-Também-Tenho-De-Fazer. A Era da Igualdade, uma era que me assusta, sinceramente...
Quando penso em leitura, vêm-me à cabeça obras literárias, jornais, leituras que nos ensinam algo de valor, que nos despertam interesse ou que acabamos por absolutamente detestar. Dizem que é dos livros que menos valorizamos que retiramos as melhores lições, nem que nos sirvam como orientação para aquilo que apreciamos ler.
Dos livros que até este momento explorei, retive, de cada um, uma visão diferente, um mundo particular, uma mensagem que só a esse livro pertence. Se essa mensagem me influenciou como pessoa ou na minha maneira de pensar, ainda não sei.
Porém, ter a oportunidade de entrar em contacto com conhecimentos que antes não tinha, de descobrir realidades que só existem em ficção é algo que considero extraordinário. Transporta-me para outra dimensão..." Uma dimensão bem melhor do que esta em que vivo.
D-Furikuri *
P.S.: O texto é um excerto de uma história que estou a escrever, daí as aspas.
Sinto o impasse, a terra vibra debaixo dos meus pés. O vento sopra lentamente, deixando rastos de pó a oscilarem na baixa superfície do chão. Os deuses lançaram as últimas profecias. A viagem chegou ao fim. Até que enfim.
Caminho em direcção a nada, o meu horizonte são as torres que se levantam até ao céu, perfurando as leves nuvens imaginárias. Ao longo do trilho que vou traçando, os meus passos deixam marcas distintas, mas perecíveis. Sempre foi assim, não foi? Penso ter fabricado algo útil e implentado ideias concretas e fortes no outro mundo. Não obstante a sua influência, acabam sempre por desaparecer. Por perecer. Como tudo no outro mundo.
Deixei tudo para trás ou tudo é que se apagou atrás de mim? Não vejo razão para voltar, pois não tenho sítio para onde ir. Nada existe mais. A paz que se sente aqui não é humana e talvez por isso seja paz. Nunca conheci harmonia enquanto humano. Frequentemente a busquei, tendo falhado nas minhas tentativas. Não me arrependo dessa busca porque ela levou-me até aqui. Embora desconheça onde estou, sinto que este é o lugar onde devo estar. Não existem contradições, não existem dúvidas. Não existe vida.
Páro. Uma força estranha bloqueia todos os meus movimentos. Os grãos de areia levantam-se do chão e formam uma corrente circular à minha volta, sendo eu o centro. Uma cortina de pensamentos cai sobre mim, conduzindo-me pelas memórias da vida que foi e que tive e sugando-as uma a uma, até que toda a minha consciência sucumbe. Volto ao estado mais elementar: a alma.
Não me lembro de nenhum ínfimo pormenor do que fui. Também não sei o que serei. Continuo o meu caminho enquando formas e contornos me atravessam os lados, transmitindo-me mensagens de esperança.
Cheguei ao meu horizonte, as torres são mais altas e sumptuosas do que imaginava. Das janelas semelhantes, libertam-se espíritos de todos os géneros e de todos os tipos. Brevemente serei um deles.
Os portões abrem-se e escutam-se vozes dissimuladas que se cruzam entre si.
“Partiste tempo a mais à descoberta da Humanidade. Viste coisas belas, mas também demasiado cruéis. Vemos que voltaste aonde melhor pertences. Damos-te de novo as boas-vindas ao teu lugar de origem: o Desconhecido.”
César Luís Aca
(A.K.A. Dani-ela)
Eu sou um ser mutável e em movimento,
Cujo trilho não pode ser decalcado
Por um mero deus ou um gato preto.
Na minha inocência,
Na minha culpabilidade,
Estou acima de tais erros humanos.
Sou um produto cultural
Multi-organista e de velocidade variável,
Um poema às curvas que se atropela
Treslendo as linhas do seu destino
Por entrelinhas tortas.
Eu sou uma definição.
E como toda a gente,
Não sou definível em meras palavras.
Eu.
É intenso e dinâmico este sentimento que move o mundo.
Chama-se AMOR,
o meu é por ti!
Estava aqui a lembrar do teu dia de anos,
de quando te abraçei
e pediste a já nao lembro quem
que nao interrompense o momento
porque eu estava prestes a dizer algo muito bonito...
Lembrei de quando ríamos até cair de dores na barriga.
Sinto a tua falta, apetece-me chorar!
Sempre que tomo uma decisão altero-a,
sempre que a altero fico com dúvidas.
tenho andado devagar estes dias,
nao só para saber por onde ando,
mas para evitar pisar em alguém.
Estou triste hoje, acordei assim.
. 091009
. Tempo
. K.O.ALA
. (...)
. Onanismo
. Sinos tocam no horizonte ...
. Origem
. Onanismo
. Reflexos... pensamentos, ...
. Descrições de Uma Planaçã...
. A Título