Há muito que estar nesta casa me incomoda
Inquieta-me. Entristece-me.
Sei lá (depende do dia)!
Mas tudo começa quando penso.
No que sou. No que fui.
-
Há dias em que se nota mais
Que já não sou quem era
E umas vezes isso deixa-me
Transtornado,
Irritante.
Outras apenas
Sensível,
Pensativo,
Triste.
-
Há momentos em que me apetece
Acabar com tudo: Eu, o mundo, Tu!
Tu, que és uma espada de dois gumes
Posicionada entre mim e as outras.
-
As outras, porque involuntária e conscientemente
As impedes de chegar até mim,
De me interessar, entusiasmar-me.
A mim, porque estás no meio
E no centro de tudo, para o bem e para o mal.
-
Tudo em mim passa por Ti
Os melhores e os piores momentos da minha vida
Estão relacionados contigo.
E tu suspensa no ar, como se não tivesses
Nada a ver com isso (nem queres ter!)
-
Não precisas que te suportem,
Que te manuseiem,
Que te direccionem
És autosuficiente! És?! Não...
Achas que és!
-
Deus! Como esta casa me incomoda!
Deus?! Qual Deus? Deus não existe.
Ou pelo menos não gosta de mim.
Ninguém gosta de mim...
-
A casa continua aqui
Pedra sobre Pedra
E as Pedras não sentem
Não se emocionam
Não se alegram com o teu sorriso.
-
Por isso, Quem mudou não foi a casa
Porque a casa é matéria:
Tijolo, cimento, tinta.
Quem mudou não foi a casa
Ela permanece intacta
Dolorosamente igual.
-
Eu é que já não sou feliz...
Liana Rodriguez, 13/12/07.
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