Terça-feira, 13 de Novembro de 2007
Eu ia embora, mas não fui. Não parti. Ainda aqui estou. Ainda aqui estou nesta cidade perdida e morta, sem conseguir encontrar o meu verdadeiro rumo. Algo que me prenda aqui. Algo que me faça ficar.
Agora já não mais quero estar aqui. Quero partir para outro lugar, outra cidade que talvez me proporcione novas coisas, diferentes experiências. Mais uma cidade que provavelmente me fará sentir perdida e sem vida.
Às vezes, as memórias perseguem-nos para onde quer que a gente vá. Outras vezes, a mudança não nos faz esquecer o que deixámos para trás, infelizmente.
Ah! Como era bom esquecer o passado e viver o presente como se este não tivesse fim... Seria tão bom adivinhar o futuro e controlar a passagem do tempo, tal como a própria vida! E não é preciso ser-se sábio para se ser poderoso, pois nem sempre são os mais sábios que controlam as coisas divinas da Terra.
A sabedoria não tem nome próprio, nem apelido. Não tem corpo, nem alma, nem mente. A sabedoria tem dependência. Depende de nós, dos outros, dos outros e de nós. Nós e os outros é que fazemos a sabedoria. Nós e os outros é que a utilizamos ou negamos ou fingimos que ela não existe ou fugimos dela ou deixamos escapá-la. Nós e os outros é que escolhemos e somos responsáveis pelos nossos actos, decisões e pelas nossas escolhas.
Eu escolhi ficar. Decidi não mudar e manter-me aqui. Não sei ao certo se fui sábia mas se não agarrei a sabedoria, pelo menos não a deixei fugir.
Daniela Freitas
sinto-me: Happy!!!